quinta-feira, 11 de março de 2010

Há dias em que não custa por a pé da cama

São 7h da manha e ja estou alerta e consciente, a bagagem pronta check, a barba cortada check, despedida efectiva de quem partilha o abrigo check...... e um sorriso nos lábios..espera-me um dia cheio, longo e absolutamente desejado desde à muito.... o "rei" vai ver a sua "princesa"!
São agora7.35h, e já de bilhete na mão, tomo o café matutino, não vá a inércia instalar-se, e embarco no comboio que me leva ao destino.
Enquanto ainda arrumo as malas e tiro o casaco, preparando o desconforto que uma viagem acarreta, dou de caras com uma amigo de longa data, daqueles em que a única recordação que temos é de nos agarrar a barriga de tão rir.... e põem-se a conversa em dia, partilham-se experiências vividas fora do contexto e põem-se a prova a pré-disposição para a gargalhada.
Passa-se Aveiro, e deixamos a nostalgia..entregamos-nos à leitura.... continuo na missão interminável de ler um livro que ofereci à muito e que não foi nunca usado, e sendo isso um perfeito desperdício decidi a certa altura dar-lhe uso....já lá vão uns meses que o comecei a ler....mas não é pêra doce de ser interpretado, não é que careça de interpretação no sentido lato da palavra, mas como elaborado, minucioso e por vezes com terminologias que desconheço pede-me uma atenção que volta e meia me satura e me leva a afastar dele.
É agora meio dia... estou na capital alfacinha onde procuro quem me falta....
já agora aproveito para uma explicação do termo alfacinha, em que se rezam duas historias, uma que leva à outra, numa conta-se que Lisboa muito antes de se tornar a metrópole que é hoje, eram as suas sete colinas repletas de alfaces, já a outra versão fala de que a dada altura no tempo dos réis, todos os que ficaram confinados a um cerco, a dada altura apenas tiveram alfaces com que se alimentar, e foi nessa altura que ficaram apelidados de alfacinhas....histórias à parte...
Passa pouco das 15h e o coração já palpita acelerado, passam uns minutos, respiro fundo para me conter de emoção e peço que me tragam a minha princesa..... e lá vem ela, olhar inesperado, rosto iluminado, um sorriso que se enche de pai..pai...é o meu pai, diz ela..... aquele abraço que se segue tira-me daquelas quatro paredes, leva-me a um verde prado, com um pequeno riacho a correr tranquilo e sereno com Margaridas e Malmequeres, em que para além do canto dos pássaros, só a oiço a rir e a dobrar o riso.... sinto-me completo novamente, sinto-me tão feliz........ e acordo do sonho imaginado por segundos...
Vamos ao parque, corremos e saltamos juntos, tá um dia ventoso mas solarengo.... entretemos-nos com o subir para o escorrega, ou no embalar da rede do parque....


Depois disso, o dia passa tão rápido que nem dá-mos conta, vem o lanche, mais brincadeira, umas histórias das aventuras da princesa com os seus amigalhotes, vem o banho e o jantar..... o prazer do beijinho de boa noite....até amanha amor seguido de um até amanha pai...e fico vou ficando com o coração pequenino à medida que me afasto do castelo da princesa.
Termina assim um dia cheio de tudo aquilo que já tive, e que agora me limito por força das circunstancias, e que me proporciona ao rei e à princesa momentos para fomentar a sua relação, e para mais tarde recordar.
continua...

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