quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013




 

Amo-te .

Porque não há dia nem noite, em que não me perca, por ti, em pensamento.
Seja num odor ou num toque qualquer que me deixas a vaguear sozinho na solidão da noite.
Será a tua magia tão forte, que não me deixas  fugir sempre que penso?
Pois do que penso não fujo, pois se o que penso é em nós dois, pois se o que penso é verdade!
Não defino o que por ti sinto, mas a tua aura não me estranha, sábia e conhecedora de um entendimento fácil e completo.
Tanta travessura a que me ocorre, se por ti penso e sonho.
Aí, a noite é curta para o sonho, e que te faço ser para mim.
Nem sou um cavaleiro andante, nem tão pouco um qualquer real dignatário.
Apego-me, apenas, no sentimento incessante, na procura de te ter por perto, tão preciosa e singela donzela!
Aprisionado amor, meu desvaneio, que dentro de mim cresce, onde nenhuma erva pegou, tu brotas suave e docemente como uma flor.
 Vivacidade e doçura são algumas das qualidades com que me sirvo, nesta dança de corações, ensinados a amar-se.




quinta-feira, 3 de janeiro de 2013

O Baloiço e o Balanço!

Um dia de inverno com o sol bem forte, aqueceu-me e deixei-me gozar aquele momento em que sentimos o calor a entranhar-nos a pele, deixou-me a pensar em algo que por banalidade não precipitava a raciocinar sobre ela, mesmo apesar de muita acção de profunda parvoíce acontecer para com os meus botões frequentemente, confesso!
Nesse momento, em que me dou à preguiça despoletada pelo enternecedor aconchego do sol, via a minha filha a baloiçar, num parque perto de casa e a sorrir, completamente descontraída, para a frente e para trás, para a frente e para trás,o seu cabelo esvoaçava e nada a faria preterir aquela pequena tábua de madeira com duas cordas na ponta que a faziam voar.
Não resisti a fazer-lhe companhia, e se pensava, de alguma forma, que lhe fazia a vontade,na verdade foi ela quem ma fez a mim. Do quadro familiar mental em estava pulei para outra realidade, na verdade eu olhava-a com um pouco de ciume, dessa liberdade tão bonita da inocência, da ausência de medo para andar para a frente e para trás, do espanto paciente uma vez atrás da outra, por chegar mais alto com os pés, e mesmo da coragem para dar o salto quando vamos tão rápido que a possibilidade de nos magoar é algo a ter em conta, mesmo em tenra idade.


Tão interessante, pensei eu, como é possível o andar de baloiço de uma criança que ignora o que a rodeia, tão inexperiente e relaxada e ainda assim ser uma forma de kmow how de lema de vida para o que devemos fazer com o nosso futuro. Deixou-me a matutar sobre o conforto do embalo, algo que nascemos a adorar, qualquer que seja o mal, é o embalo de quem nos suporta que nos cura e nos conforta. Virá daí a atração do baloiço, que não é mais do que um constante embalo, que inicialmente nos ensinam e mais tarde aprendemos a controlar.

Acho que me fez bem baloiçar naquele momento, compreendi o porquê de tanta gente frequentemente se deixar induzir a sentar num baloiço, não só pelo momento de paz e recordação das nossas infâncias  mas talvez também como um remenber de como sobreviver as dificuldades, insistir nos nossos objectivos, acreditar neles, e poder dar o salto sem medo de esfolar um joelho!

Bom ano 2013!


N.A.N.S.