terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Sem palavras

Adormeço acordado em terras distantes e desconhecidas. Sinto a areia a escapar-me entre os dedos nos pés descalços. Caminho a voar junto à água, onde me baixo para matar a sede....o sol desidrata à sombra e não posso perder a oportunidade de saciar a minha sede. Trago após trago encho-me de vitalidade com os olhos cerrados de prazer... paro... desfruto...respiro....tudo é silencio envolto em calma. Abro os olhos, e ao lado do meu reflexo na água vejo alguém. Ergo-me num salto de fuga, e procuro à minha volta a quem pertence o vulto que vi refletido.Não há ninguém em meu redor, foi a falta de alguém com quem partilhar este leito de rio sossegado com telas de cascatas harmoniosamente desenhadas... relaxo...sento-me, e aponto o olhar ao horizonte.


 Subitamente alguém tapa-me os olhos... mas algo me diz para não temer. Em consecutivas perscrutas sensoriais, absorvo o toque na minha face, e inalo o odor da sua pele, oiço a sua respiração...... lentamente viro-me e olho-te já a saber que és tu.... sorrimos... aproximamos-nos mais ainda, se é que é possível, e desfrutamos da química que é só nossa, tão doce, tão pura, tão natural..... inigualável!
 Embrulhamos-nos num papel qualquer de loucura e fantasia, num nó cego que não se solta nem se quer soltar. Tu és minha e eu sou teu....

Foi assim um sonho que é realidade, de novo!