quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Pedaço de mim





Pedaço de mim que me faz falta,
Que procuro sempre quando não estás,
Sorris e foges para longe,
Não o faças... não te vás!


Se por instantes te perderes,
Lembra que te sinto onde estou,
Em qualquer lado se o quiseres,
Pensa em mim...que a ti eu vou.


Pois é certo o que sinto,
E nada errado em to dizer,
Ninguém transforma o intuito,
Que ser teu alguém é um prazer!




N.A.N.S

segunda-feira, 2 de maio de 2011

A minha corda, e os seus nós!

Sabem aqueles momentos em que tudo a volta parece que desaparece, em que não se presta atenção a quem passa ao nosso lado, ao barulho dos hidráulicos do autocarro que disparam nas estradas, ao vento que levanta aquele fio de cabelo que nos tapa o rosto? São os momentos de auto-avaliação do que fomos e do que somos que nos levam a quem queremos ser.
Pensei nos erros do passado, nas preocupações do presente, na incerteza do futuro... e tudo é normal, natural e obviamente enriquecedor de vivências e aventuras. Mais preparado, mais firme e seguro... imaginei uma corda, que é a vida, e nós aquele que a sobe, e as situações adversas são os seus nós, os nós da vida, os nós no cérebro, os nós no estômago e na garganta, nós cegos que marcam a vida para sempre, e para sempre teremos de viver com eles... é a vida, como sempre me disseram, mas não acredito nisso!
Não da forma negativa que sempre me deram a entender, como a pena a pagar por não estarmos preparados ou por não seguirmos religiosamente os ensinamentos que nos passaram e que fazem parte do senso comum tão idolatrado por muitos, mas porque raio é que exige tanto do individuo esta sociedade imperfeita? Fora com os braços cruzados e com as rezas a quem ( acredito eu) já não tem paciência para escutar tanta falta de vontade!
Mas não me fico por aqui, e continuo com a metáfora, pensando bem na dita corda , que é a vida, e se nela andamos constantemente a dar nós, ela apesar de mais segura (mais fácil de trepar) é também mais curta, mais limitada de alcance.
Não me posso subjugar à minha própria inércia de não querer resolver os problemas por mim criados, foi um pensamento meu à uns tempos atrás numa fase mais depressiva que me catapultou para a fase alegremente viva em que me encontro, e tudo se pode resumir a minha corda repleta de nós que decidi desfazer, de modo que consegui dar-lhe o comprimento necessário para sair do buraco e deixar de correr atrás dos sonhos na minha cabeça para persegui-los na realidade.
 Se não vejamos, peguemos de novo na corda ( repleta de sentidos e/ou interpretações), já ouvi, sem numero de vezes, que os filhos nos tiram anos de vida mas será mesmo assim? Será que em vez de simplesmente os ajudarmos a saltar a corda será que não podemos saltar a corda com eles? Como se fosse mais um exercício daqueles para melhorar a nossa própria condição de vida, só que em vez de ser física passa a ser mental! Pois cá para mim a os filhos enriquecem os anos que passamos com eles, e não me interpretem mal, não digo que deixar a nossa semente neste mundo seja um acto egoísta para preenchermos a nossa vidinha mundanamente insípida e sensaborão (apesar de acontecer por um ou outro motivo menos próprio a muito boa gente) digo o que digo pois a vida é para ser vivida por dentro e não como mero espectador à parte a olhar pró relógio a espera que a morte nos leve, parece-me assim mais aliciante esta "corda". Deixamos assim de dar tantos nós sem necessidade, e torna-mo-la assim mais longa, mais vivida e mais realizada.
Compreender o porquê dos nós, como os fizemos e quando os fizemos permite-nos vislumbrar com seriedade se os tornamos a fazer, se os queremos fazer e se não nos iremos (esperemos que não) arrepender de os ter feito. Daí o velho ditado, na primeira caem todos, na segunda só quem quer, na terceira... quem é burro! Mas não se preocupem ó incautos desta vida madrasta, pois enquanto pudermos desfazer os nós podemos sempre começar de novo.
:)

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Amor perdido encontrado...














Um dia tive uma vontade,
Que se repetia para o infinito,
Deixar-lhe uma lembrança,
Impossível de esquecer ou ignorar,
Sem a querer magoar.

Qual duradoira agonia,
De não o saber precisar,
Apenas sentir que lhe faz falta,
Que é meu o teu lugar.

Uma tal impressão digital,
Que me sentencie culpado,
Da acusação de te fazer feliz.
Ai...é tão bom,
Ter-te aqui ao meu lado!

Na ignorância,
Na determinação,
No impossível de o prever.

A fantasia apropria-se
Do meu ser acomodado,
Auto-imposto,
Cai por terra com violência,
O não preparado.

Despido de intenção
Apontas-me o dedo com a tal convicção!

Ser estado Zen é desvalorizar
Pois é gordo e pesado este ego,
O meu super-ego,
Que se torna cego,
Pois não tem de ver, apenas notar.

A vontade é mais desejo!
Que se encasula e se matura,
Num sentimento desenhado,
Que se descortina e toma forma.

Cores berrantes tingem-no, numa tela
Invisível, de respeito.

É palpável, é notado e reconhecido
Amor perdido encontrado
Que me deixa embebecido.


n.a.n.s