Quando é que deixamos tudo e partimos para uma nova vida?
Será isso possivel?
Sendo isso possivel, será mesmo isso que queremos?
E se o quisermos será que conseguimos?
Antes de respondermos a estas perguntas, temos que equacionar varios porquês para iniciar e/ou reiniciar a nossa vida. Vamos pensar na insatisfaçao da vida conjugal ( como desavenças, desconfianças, familia, responsabilidade de gerenciamento do orçamento de casa), na insatisfaçao a nivel profissional ( Incompatibilidade com colegas e superiores, competitividade/pressao/ansiedade desmedida, ferramentas precarias, falta de formaçao, carga horária, vencimentos e horas extraordinárias), no modo de vida ( como habitos de fumar, má alimentação, inércia, stress) e Vontade de encontrar algo melhor ( Aborrecimento com a vida, monotonia, sensaçao de fazer diferente, de ser melhor, vontade de viver).
cont...
Numa altura em que a TPM anda-me a fazer mal ao humor e muita gente me anda a dar cabo da cabeça, vou tentar redimir-me! =)
ResponderEliminarTas a ver estas perguntas???
Quando é que deixamos tudo e partimos para uma nova vida?
Será isso possivel?
Sendo isso possivel, será mesmo isso que queremos?
E se o quisermos será que conseguimos?
Acho que já consegues responder a algumas delas neste momento... É sempre possível iniciar um novo modo de viver, é sempre possível dar a volta por cima e reconstruir nas cinzas. Com mais ou menos ajuda, com mais ou menos vontade, com mais ou menos persistência, com mais ou menos tempo consegue-se! Claro que consegues!
Conheci-te quando duvidavas muito ainda das tuas capacidades. Um calculismo em todas as palavras e acções, envolvidos por membranas de auto-defesa que só criavam obstáculos à paciência, persistência e dedicação de uma pessoa como eu. Não precisava sequer de insistir numa pessoa que é, até ver, uma utopia. Sem a força de um olhar ou de uma presença foi-se desenvolvendo um pouco de confiança que teve pontos muito altos e que pronto... volta e meia leva assim uns mini abanões com o mau feitio de alguém (nomeadamente eu!)
Mas vendo este mês e alguns dias julgo que muito tens mudado. Aperfeiçoas-te a cada dia que passa e, por muito que sejas um descrente e um desconfiado, vais abrindo pequeninas frechas para eu poder entrar.
Quanto às duas últimas perguntas... Acho que nunca sabemos o que realmente queremos. Podemos ter uma ideia generalizada do que nos faz bem, do que nos preenche e motiva. Mas, da mesma forma que mudamos dia após dia, essa ideia também se adapta. Por isso, confiar a 100% num querer não me parece muito certo. Há que dar o espaço à indecisão, à vontade de adaptação e principalmente deixar de pensar nele como um fim nele mesmo. E se quisermos muito algo havemos de conseguir! Secalhar não em tempo record mas a vontade move montanhas! LOL Se reparares, quando queremos muito alguma coisa ou estar com alguém, canalizamos todas as nossas energias para que isso aconteça. E, quase por magia, acontece. E não é magia nenhuma. É um trabalho dedicado a algo em que se acredita. É debater-se com todos e com o mundo e só parar quando se alcança... isto tudo, claro, o mais consciente possível! Se bem que é preciso deixar-se surpreender e encantar, e ser-se um pouco inconsciente para que se possa verdadeiramente aproveitar...
Quanto a todos aqueles porquês... Eles vão sempre existir quer te acomodes ou reinicies a vida. Eles fazem parte de fases menos boas pelas quais todos passamos... Agora a maturidade, o crescimento, o ser adulto tem a ver com a forma como tratamos esses porquês... É mais fácil ignorarmos a sua existência, dizer que nada podemos fazer para baixarmos o impacto que têm em nós, devido a estatísticas que existem, ou até mesmo acreditar no fado em vez de acreditarmos na nossa capacidade de luta e mudança. Tudo o que escreveste como porquês não me metem medo nenhum. São coisas que existem, como já referi, mas também são coisas que podem ser melhoradas, que podem ser suprimidas, ou até mesmo banidas. Não nego o impacto negativo que tem nas nossas vidas... Mas se somos pessoas de fases, havemos de ir alcançando a força para mudar e adaptar.
Desde que perdi pessoas para sempre que tudo isso que referiste não passam de ninharias. Se algo está mal hoje, amanhã pode melhorar. Se não estou tão satisfeita hoje, amanhã posso fazer por me realizar. Se quero algo melhor, amanhã tenho mais uma oportunidade de pensar como o alcançar. E quando esse amanhã deixar de existir? Já pensaste? É que quando isso acontecer, vais dar por ti a revoltares-te e agora verdadeiramente e com razão, por teres perdido tempo e teres ficado agarrado a algo solucionável.
É tudo uma questão de vivência sem medo! Já passaste por coisas muito más... Já tens carapaça suficientemente grossa para superares! Confia em ti e não ponhas travões à vida... Ela só te pede que a deixes manifestar-se!
Um beijinho =) *