Um dia tive uma vontade,
Que se repetia para o infinito,
Deixar-lhe uma lembrança,
Impossível de esquecer ou ignorar,
Sem a querer magoar.
Qual duradoira agonia,
De não o saber precisar,
Apenas sentir que lhe faz falta,
Que é meu o teu lugar.
Uma tal impressão digital,
Que me sentencie culpado,
Da acusação de te fazer feliz.
Ai...é tão bom,
Ter-te aqui ao meu lado!
Na ignorância,
Na determinação,
No impossível de o prever.
A fantasia apropria-se
Do meu ser acomodado,
Auto-imposto,
Cai por terra com violência,
O não preparado.
Despido de intenção
Apontas-me o dedo com a tal convicção!
Ser estado Zen é desvalorizar
Pois é gordo e pesado este ego,
O meu super-ego,
Que se torna cego,
Pois não tem de ver, apenas notar.
A vontade é mais desejo!
Que se encasula e se matura,
Num sentimento desenhado,
Que se descortina e toma forma.
Cores berrantes tingem-no, numa tela
Invisível, de respeito.
É palpável, é notado e reconhecido
Amor perdido encontrado
Que me deixa embebecido.
n.a.n.s